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10 erros de manutenção mais comuns


A gente tá sempre zelando e cuidando das nossas bikes, né?

Todo cuidado é pouco, e às vezes, embora bem intencionados acabamos cometendo uns errinhos bem bobos quando vamos, nós mesmos, tratar da manutenção da magrela.

Então, que tal umas dicas bem legais sobre o NÃO devemos fazer!??

Olha o que achamos no site da Bike Tribe:

Recentemente publicamos uma matéria bem interessante falando sobre os Maiores Erros de Mecânica cometidos pelos ciclistas. Os erros citados foram bem básicos, normalmente praticados por ciclistas iniciantes, pouco experientes, e sem muito conhecimento sobre bicicletas.

Leia aqui a matéria sobre os 7 erros de manutenção muito comuns entre bikers, e como evitá-los.

No entanto, durante a conversa com os mecânicos da BikeForce, Eduardo Campos e Reinaldo Freesz, também identificamos erros mecânicos mais complexos cometidos até por atletas experientes.

Continuando o post anterior, vamos agora falar de 10 erros mecânicos cometidos por ciclistas, até os mais veteranos, que podem causar problemas para suas bikes e para eles mesmos… Vamos lá!

Guardar a MTB de cabeça para baixo vaza óleo (esse erro eu já cometi)

Percebi que a suspensão da minha mountain bike além de não travar estava aos poucos ficando muito macia, sem justificativa. Por incrível que pareça não percebi um micro vazamento que estava ocorrendo pela parte superior da canela, próximo do pistão de travamento e da rosca de ajuste de retorno.

Este micro vazamento foi o suficiente para desconfigurar minha suspensão e colocar seu funcionamento e durabilidade em risco. O problema foi detectado pelos mecânicos da BikeForce.

-“Você está guardando esta bike pendurada na parede na vertical”? Perguntou Reinaldo Freesz, sócio da BikeForce. Isto desvendou a causa do problema!

A dica portanto é: MTB se guarda na horizontal!

Não cumprir as revisões periódicas da suspensão (esta já aconteceu com meu amigo)

E o problema foi detectado quando começaram a aparecer ranhuras na haste interna da suspensão!

Quando você utiliza a suspensão, há desgaste das buchas, retentores e discos de vedação. Quando eles não são substituídos no tempo certo deixam a haste bamba, batendo, friccionando, mesmo que minimamente, dentro das canelas, e isto é o suficiente para provocar estas micro ranhuras. Por estas microranhuras ocorrem os vazamentos de óleo e ar. -“Quando isto acontece, já era! Sua suspensão está condenada”, esclarece Eduardo Campos, mecânico e sócio da BikeForce.

Portanto cumpra as revisões da sua suspensão numa oficina autorizada! -“Uma revisão custa em torno de R$150, e outra suspensão em torno de R$2000… Qual você prefere gastar”? Pergunta Eduardo.

Usar correntes inadequadas e rodar além do recomendado

Antes de falar sobre este ítem Eduardo Campos desmistifica um ponto: -“Não há tempo definido, padrão para trocar correntes! Cada tipo de pedalada faz com que este tempo varie”, ele esclarece.

O ciclista que faz mais força, usa relações mais pesadas, claro, terá que trocar a corrente antes do ciclista que pedala mais leve e exige menos da bike. Para tirar esta dúvida e ter a certeza do tempo certo de trocar a corrente só medindo o desgaste utilizando uma ferramenta de medição de desgaste, numa loja especializada.

Hoje existem correntes específicas para cada tipo de relação: 9, 10, 11 e 12 velocidades. Speed e Mountain Bike. -“Se você utilizar a corrente errada irá provocar desgaste prematuro de todo seu sistema de transmissão, assim como não trocar quando ela estiver desgastada”, explica Eduardo.

A dica é trocar corrente sempre que necessário pois o valor dela é sempre muito menor que de um conjunto novo de catracas e coroas.

Deixar a bike suja

Não só pelo funcionamento, mas também pela corrosão dos equipamentos.

-“Mesmo sendo, em sua grande maioria, feitos de alumínio e carbono, componentes com baixas incidências de corrosão, ainda assim há componentes que são de aço como correntes, molas, parafusos, etc”, explica Reinaldo Freesz.

Manter a bike suja irá provocar desgaste destas pequenas partes, que além de desvalorizar a bike, podem inclusive comprometer a segurança do atleta.

Limpe sua bike, mesmo que superficialmente, à cada rolê ou treino.

É aí que entra um outro erro que eu já vi acontecer e pode ser muito perigoso!

Não trocar a fita de guidão de vez em quando

Ouvi o relato de uma atleta profissional que ao retirar a fita do guidão da sua speed com guidão de alumínio, detectou uma enorme corrosão.

-“A suspeita é que isto tenha sido provocado pelo acumulo de suor, altamente ácido, que se juntou entre o guidão e a fita, e ao longo do tempo corroeu a liga”, suspeita Reinaldo.

A dica é: sempre inspecionar os componentes da bike! Imagine se este guidão quebrasse numa descida!

Usar desengripante na bike

Este erro parece primário, mas não é!

É muito comum ver ciclistas jogando desengripantes na bike e utilizando-os até mesmo como lubrificantes da relação. -“A sensação de lubrificação aparente é pelo fato dele retirar ruídos”, esclarece Eduardo Campo. No entanto o que o desengripante faz é retirar qualquer resquício de lubrificação deixando as partes móveis em contato direto, o que gera desgaste prematuro.

-“Outro problema é que o desemgripante pode afrouxar o aperto das roscas e parafusos”, diz Eduardo. -“E isto pode ser muito perigoso”, completa ele.

Desengripante é muito bom para várias coisas, mas não para lubrificar a bike. Não use!

Não checar o desgaste das peças, principalmente as de carbono (já ví gente ficando na mão!)

As peças de carbono tem vida útil! Muita gente não sabe disso, mas diferente das ligas metálicas, o carbono tem hora para acabar. Você pode até continuar utilizando suas peças indeterminadamente, mas saiba que existe risco delas se partirem. Quando isto acontece com um quadro ou guidão por exemplo, as consequências podem ser trágicas.

Eduardo Campos explica que normalmente a quebra de uma peça de carbono se inicia com uma trinca. -“Por serem constituídas de malhas, entrelaçamento de fibras, dificilmente uma peça de carbono irá quebrar imediatamente. Elas sempre sofrem pequenas rupturas que vão evoluindo até que se partem”.

Boas oficinas e bons mecânicos sempre realizam inspeções em pontos críticos, principalmente onde há junção de duas peças (mesa com guidão, quadro com canote) e onde há maior incidência de impactos (caixa de direção, movimento central, guidão e canote).

-“Detectar uma trinca precocemente pode evitar sérios acidentes”, adverte Reinaldo Freezs.

Não lubrificar ou substituir cabos de marchas

Os cabos de marchas são uma das peças mais dinâmicas da bike. Elas trabalham o tempo todo. Pequenas falhas na regulagem das marchas podem estar vinculadas à más condições dos cabos, seja por falta de lubrificação ou até mesmo por final de vida útil.

-“Não quer dizer que um cabo sem rompimento dos fios esteja em condições de uso”, explica Reinaldo Freezs. –“Muitas vezes ele pode estar alongado, empenado ou torcido, e isto vai prejudicar o funcionamento da relação”, completa.

-“Sempre que perceber que a passagem de marchas está pesada demais é hora de trocar o cabo”, explica Eduardo.

Continuar a usar um cabo em más condições pode implicar no excesso de força aplicado aos componentes de marchas e consequentes quebras de suas parte. A engrenagem dentro de um rapid fire, por exemplo, é muito frágil, e pode quebrar com facilidade. Manter os cabos sempre lubrificados aumenta a vida útil deles.

Esquecer de checar o selante

Esta é clássica! O pneu fura e não há mais selente para vedar! Quantos casos destes nós já vimos por ai? Pior ainda quando isto acontece numa competição. Dá muito raiva…

A dica para evitar isto é simples, explica Eduardo Campos: -“basta girar a roda bem devagar, posicionar o bico na posição superior, desenroscar e apertar um pouco. Se sair selante junto com o ar, significa que ainda há líquido dentro do pneu”.

Mas há outro problema: este líquido pode ser insuficiente. -“Aí não tem jeito. A solução é desmontar o pneu e checar a presença de selante em seu interior”, esclarece Reinaldo Freezs.

Esquecer de carregar os dispositivos eletrônicos

Ficar sem a bateria do Garmin durante um treino é frustrante. Perder uma pedalada no Strava nem é assim tão sério, o pior é ter que abortar um intervalado por não conseguir monitorar as frequências cardíacas ou potências.

Outra situação crítica é ficar com o farol da bike sem bateria em uma trilha noturna. -“Isto pode se tornar muito perigoso”, adverte Eduardo Campos.

Não há outra forma… O jeito é se lembrar de carregar ou levar baterias reservas.

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